Chegámos à primeira jornada da nossa amada Padel League Porto, e, como sempre, a vida não dececiona: grandes vitórias, derrotas humilhantes e um punhado de performances que nos fazem perguntar se alguns destes atletas vêm mesmo para jogar ou apenas para apanhar sol. Vamos então ao resumo da jornada, onde a bola até pode não ter memória, mas nós temos... e estamos aqui para lembrar tudo.

Semelhe, o homem que já nasceu com uma raquete na mão, continua a sua epopeia ininterrupta. Venceu tudo e todos, acumulando um colossal total de 9 pontos, uma performance tão irrepreensível que até os adversários desistem a meio. Desta vez, esmagou Miguel SG com um 12-0 que deixou os espectadores a perguntar se o Miguel ainda tem força para voltar na próxima semana.

Nos restantes jogos, Malafaya e Zé Veiga tentaram encurtar a distância para o trono, mas a verdade é que a diferença é tão abismal que até o Dudas, que ainda está para pontuar, se sentiu mais próximo do topo. Quanto ao João Perneta, fiel ao seu nome, pernetou para o 4º lugar. Um empate? Talvez, mas a distância para Semelhe é igual à das obras de Santa Engrácia.

A 2ª divisão trouxe-nos algo que só poderíamos chamar de “batalha de teimosos”. Todos querem, ninguém consegue. Bernardo C, Dinis, Gonçalo PA e Kikos, todos eles com 6 pontos, encheram as quadras de suores e dores musculares. O Bernardo C, que caiu da 1ª divisão, já começa a perceber que o nível cá em baixo não é pêra doce.

A dupla Freitas e Pancho, pelo contrário, andou résvés Campo de Ourique a somar pontos, terminando com um palpitante 1-1. Um jogo onde se conseguiu a façanha de empatar até nos erros.

A história aqui é simples: Damásio e Diogo continuam a sua caminhada triunfal, mas não sem drama. Venceram, sim, mas foi um 6-5 que lhes deve ter custado meses de vida. Talinho e Tomás, por sua vez, não perderam a esperança. Não venceram, mas também não são últimos. Ricas e Bucas, no entanto, proporcionaram-nos um espetáculo raro: perderam e empataram na mesma jornada, num 0-0 de fazer qualquer adepto questionar o propósito da vida.

Zema? Bem, ele continua sem pontuar. Se há algo certo nesta liga é que o Zema é o eterno 8º lugar. Pode não ser o melhor, mas pelo menos é consistente.

Afonso passeou-se pela 4ª divisão como um rei numa procissão. Com 9 pontos no bolso, não houve Trepa ou Pipo que lhe fizesse frente. Quem também andou bem foram Nuno Machado e Pi Magalhães, que tentaram, sem sucesso, destronar o líder. No entanto, Pi até se saiu melhor que o Jonny e o João Archer, que continuam sem somar um único ponto. Jonny, em particular, parece estar mais empenhado em reformar-se do que em jogar, tal o desempenho apático que nos proporcionou.

O prémio de maior vencedor da jornada vai, sem surpresas, para Semelhe na 1ª divisão, que continua a não dar hipótese a ninguém. Já na 4ª divisão, Afonso domina como um verdadeiro deus do padel, enquanto na 2ª divisão, Bernardo C lidera um pelotão de empatados que ainda não percebeu que o empate não é vitória. E claro, não podemos esquecer Damásio e Diogo, que na 3ª divisão fazem a sua caminhada de sobrevivência, agarrados ao topo com unhas e dentes.